Familiares de vítimas da Kiss realizam vigília em frente ao Tribunal de Justiça nesta segunda-feira

Um grupo de cerca de 30 pessoas iniciou uma vigília em frente ao Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS), em Porto Alegre, na manhã desta segunda-feira, marcando mais um dia 27 que faz parte da história de Santa Maria e do Estado. O grupo é formado por representantes da Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM), que protestam contra a decisão da Justiça que reduziu as penas dos condenados pelo incêndio.

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Durante a manifestação, os participantes vestiam camisetas com mensagens de repúdio à decisão e penduraram uma faixa com os dizeres: "TJRS, o carrasco das vítimas da Kiss". Próximo à faixa, foram colocados sapatos que fazem referência às vítimas da tragédia.

De acordo com o presidente da AVTSM, Flávio Silva, o motivo da vigília é o descontentamento com a redução das penas, além de pressionar pela admissibilidade dos recursos especial e extraordinário, a fim de reverter a decisão judicial. 

Penas reduzidas

​No julgamento realizado em 26 de agosto, o (TJRS) reduziu as penas dos ex-sócios da boate Elissandro Spohr, o Kiko, e Mauro Hoffman. Elissandro, condenado a 22 anos e seis meses de prisão em 2021, teve a pena revista para 12 anos. No caso de Mauro, sentenciado a 19 anos e seis meses, a pena é igualmente de 12 anos.

Já os ex-integrantes da Banda Gurizada Fandangueira Marcelo de jesus dos Santos e Luciano Bonilha Leão tiveram as sentenças reduzidas de 18 para 11 anos. Com a decisão de TJRS, os quatro réus ficaram habilitados a progredir para o regime semiaberto, em razão do tempo de prisão já cumprido.

Até o momento, sabe-se que três deles já estão deixando os presídios durante o dia para a realização de trabalho externo (Elissandro, Marcelo e Luciano). O último que conseguiu a decisão foi Kiko, em 22 de outubro. Mauro aguarda a análise do pedido feito à Justiça para também poder deixar o presídio durante o dia.​